A casa do Parapan de Jovens 2017, o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, ficou cheia durante toda a competição. Nos seis dias, a torcida lotou as arquibancadas e vibrou com as equipes dos 19 países participantes. Mais de 50 escolas foram ao CT para assistir aos jogos.
Muitos acompanharam modalidades adaptadas ao vivo pela primeira vez, como Nicole, de 10 anos, que nunca tinha visto uma partida de basquete em cadeira de rodas. Pedro, outro torcedor do Brasil, entende bem da modalidade: treina basquete há dois anos. A mãe, Regiane, tirou fotos do filho assistindo ao jogo e afirmou que sua atividade preferida da semana é praticar basquete. O voluntário Paulo, da Secretaria de Esportes de São Paulo, levou os filhos e a esposa para passar o dia no Centro e definiu a experiência de participar do Parapan como um grande aprendizado.
Na final do futebol de 7, entre Brasil e Argentina, havia torcedores que entendiam muito bem da modalidade. Henrique participou das Paralimpíadas Escolares em 2016 e assistiu ao jogo ao lado dos pais. “Foi bem legal jogar aqui no ano passado, a estrutura é muito boa. Dá até saudade quando eu vejo eles jogarem”, disse Henrique.
Enquanto Brasil e Argentina disputavam o ouro no futebol de 7, Brasil e México jogavam a final do basquete com arquibancada cheia. Felipe estava lá, dançando animado pela música e pela coreografia dos voluntários durante o intervalo do jogo. O garoto treina bocha na Associação Desportiva para Deficientes, a ADD, há um ano. Os pais, Killiam e Fernanda, contaram que o esporte adaptado é um mundo novo para eles e estar no Paparan de Jovens foi uma experiência nova e interessante tanto para a família toda.
O Parapan de Jovens São Paulo 2017 cativou novos torcedores e atraiu os que já tinham contato com o esporte adaptado para as arquibancadas, para as quadras e para o movimento paralímpico. O público em geral elogiou a organização do evento e a estrutura do Centro Paralímpico Brasileiro, que continuará sediando competições durante todo o ano.